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Os alimentos cultivados por meio de atividades que envolvem a agricultura são utilizados para consumo humano, produção de biocombustíveis, remédios e afins. Sendo essa uma atividade essencial para a existência dos seres humanos, bem como o desenvolvimento da sociedade (incluindo aspectos econômicos), práticas agrícolas tradicionais tendem a comprometer o meio ambiente.
Para o cultivo agrícola são necessárias, geralmente, quantidades expressivas de água e área territorial que, a depender do tipo de técnica empregada, requer o desmatamento de grandes áreas. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (FAO), no Brasil o setor da agricultura consome até 72% da água doce disponível.
Na tentativa de solucionar esse problema, muitas técnicas e tecnologias são empregadas com o intuito de reduzir o consumo dos recursos hídricos e outros aspectos como a emissão de CO2. Entre esses métodos destaca-se a técnica da aeroponia.
AEROPONIA: O CASO DE CABO VERDE
Em Cabo Verde, Hélder Silva foi pioneiro na implantação da técnica de aeroponia para a agricultura. O método baseia-se, em síntese, no cultivo de plantas com as raízes em contato com o oxigênio na vertical. Isso confere consumo de menos 90% de água (incluindo o reaproveitamento de águas residuárias e uso de águas dessalinizador) e 90% de solo, além de uma produção três vezes mais rápida do que o normal e sem a utilização de agrotóxicos.
Fonte: eCycle | Reprodução
Para alimentar as torres de plantas e permitir a água circular, é utilizada uma quantidade muito menor de energia, que vem dos painéis solares (energia limpa).
O modelo de aeroponia permite ainda benefícios ao desenvolvimento socioeconômico de onde é implantado, conforme exemplificados a seguir:
Redução na importação;
Redução da poluição;
Acesso a alimentos frescos e de qualidade;
Facilidade no cultivo (permitindo que pequenas propriedades consigam sucesso em suas ações);
Melhoria da segurança alimentar.
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