O elemento foi observado pela primeira vez em 2013 no Oceano Pacífico, pela equipe liderada pelo cientista oceânico Andrew Sweetman. A pesquisa da época tinha o intuito de verificar a biodiversidade marinha em uma área destinada à mineração em águas profundas e os possíveis impactos dessa atividade. Os cientistas esperavam constatar que o nível de oxigênio cairia à medida que aumentasse a profundidade, porém os sensores pareciam demonstrar que a 4 mil metros abaixo da superfície aquática o oxigênio continuava sendo produzido.
Foto: Escritório de Exploração e Pesquisa Oceânica da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA
Oito anos após a primeira detecção desse componente (2021), Sweetman aplicou um método alternativo e obteve o mesmo resultado: a identificação da presença de oxigênio no fundo do oceano.
Na tentativa de localizar sua origem, dado o descarte de vir de um processo fotossintético visto que há ausência de luz solar no fundo do oceano, os cientistas entenderam que pode se tratar de um procedimento relacionado com a divisão elétrica dos elementos químicos dos minerais, ou seja, os minerais seriam uma “geobateria”natural, o que explica a liberação do oxigênio.
A descoberta da produção de oxigênio independente da fotossíntese pode influenciar até nas pesquisas sobre a origem da vida na Terra, o que tem influenciado na redução da atividade de mineração em águas profundas, visto que isso pode impactar negativamente na manutenção da vida naqueles ambientes.
Estudos de 2016 e 2017 mostraram que ambientes marinhos minerados na década de 1980 não haviam se recuperado (nem mesmo as bactérias), o oposto do que aconteceu em ambientes não minerados, onde a vida marinha floresceu.
Por, Priscila Mariano.
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