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Foto do escritorThaís Dionizio

Como o racismo ambiental afeta as populações mais vulneráveis

O racismo ambiental está atrelado a uma luta constante contra a desigualdade social, especialmente em relação à precariedade de uma comunidade marginalizada. O termo racismo ambiental diz respeito às populações que sofrem de forma mais atenuada os impactos e efeitos ambientais, sendo mais facilmente atingidas por enchentes, falta de saneamento básico, desmatamento, áreas contaminadas e deslocamento de grupos por falta de recursos, entre outras problemáticas. O site do Governo dispõe o pensamento da brasileira negra Tania Pacheco, a qual define o racismo ambiental como um conjunto de injustiças socioambientais que sobressaem nas etnias e populações mais vulneráveis.



O termo racismo ambiental foi concebido entre 1980/1981 pelo Doutor Benjamin Franklin, mediante aos protestos referentes à destinação de resíduos tóxicos, os quais estavam sendo direcionados às regiões da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, onde a população em massa presente é classificada como preta. Durante o mesmo período de luta contra o racismo e igualdade, destaca outros movimentos pela mesma causa, como o discurso de Martin Luther King, sobre os direitos e igualdades civis. Não obstante a esse fato, é importante levar em consideração todo histórico e formação social pós-abolição escravagista. Os espaços ocupados por tal população eram considerados inferiores pela população rica, classificando e reforçando a desigualdade social e racial. Diante desse cenário, as oportunidades eram mínimas por conta do preconceito e do racismo.


Atualmente, essa definição tem sido muito discutida, principalmente nas plataformas digitais, onde muitos consideram o racismo ambiental como algo absurdo. A falta de conhecimento sobre o termo e a negligência dos acontecimentos relacionados reforçam a imparcialidade da sociedade quanto aos direitos de cada cidadão. Essa é uma luta constante, e por consequência de tal formação e imparcialidade, a desigualdade perdura. É visível a construção de moradias em locais impróprios, as perdas das mesmas devido às chuvas ou por falta de recursos, e a falta de acesso aos direitos que todo cidadão tem.



A Declaração Universal dos Direitos Humanos, assim como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), reforçam que todos cidadãos, independentemente de cor ou raça, têm direitos iguais, incluindo a liberdade, direito à segurança, trabalho e moradia. As ODS 1, 2, 3, 6, 8, 10, 11 e 13 abordam os direitos ao saneamento básico, radicalização da pobreza, igualdade social, vida saudável, acabar com a fome, trabalho digno, combate às alterações climáticas, cidades sustentáveis e outras que buscam combater as problemáticas ambientais. O racismo ambiental não só atinge a população preta, mas também outras populações, como os povos indígenas, tendo suas terras invadidas, garimpadas e desmatadas.




A luta contra o racismo ambiental requer o conhecimento das causas, a defesa dos direitos civis e ambientais, bem como a valorização das populações atingidas. É importante ressaltar que o racismo ambiental vai além de ações previamente destinadas etnicamente, sofrendo as consequências de suas origens.



Redatora: Adassa Lima



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