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Consciência sustentável: conectar consumo e natureza para um novo mundo

Atualizado: 26 de jan. de 2022

Consciência sustentável é possuir conhecimentos e atitudes que proporcionam equilíbrio entre meio ambiente, economia e sociedade.

Por Rodrigo Xavier

Imagem: Pixabay


Qual a importância de criarmos minhocas em casa? Você já se perguntou sobre isso?

E sobre os puns das vacas? Algum dia você já se preocupou sobre eles?


É, minha amiga e meu amigo, quem diria! Assuntos como esses, que nunca fizeram parte de um almoço de confraternização, podem ser discutidos com muita ênfase quando falamos de conscientização política e meio ambiente.


Nesse artigo você vai entender o significado de consciência sustentável e como ela está relacionada com nosso cotidiano, a maneira como consumimos e até mesmo quando retiramos o lixo de casa.


E também vai entender porque a criação de minhocas caseiras e os puns da nossa querida população bovina tem tudo a ver com meio ambiente e sustentabilidade.


Então acompanhe a leitura! Quem sabe você se torne uma voluntária ou um voluntário da causa ambiental.


Consciência sustentável: o que é?


Consciência sustentável é a reflexão sobre decisões e atitudes que tendem a inibir ou minimizar impactos no ambiente. Ao reconhecermos que os recursos são finitos, a maneira como os utilizamos permite que eles possam se manter e se renovar.


Consciência vem de mente: espírito, indivíduo. Também vem de conhecimento: ciência, pensamento. Além disso, pode ser compreendida como cuidado, zelo e também como responsabilidade e dignidade.


Portanto, uma pessoa consciente é aquela que se reconhece como alguém dotada de espírito e com capacidade de raciocinar. Possui princípios sobre si e ao seu entorno e age com honestidade.


Assim, ao nos referirmos a uma consciência sustentável, estamos tratando de uma produção e um consumo com discernimento sobre as pessoas e o ambiente que nos cercam.


Em resumo, é fazer no presente para garantir o futuro:

  • nova forma de produzir sem degradar o ambiente

  • novos materiais de construção, reciclagem e consumo racional

  • evitar a poluição e fazer devoluções à natureza

  • impactar positivamente o meio ambiente.


Há inúmeras maneiras de agirmos em nosso cotidiano com essa consciência. Ao reduzir o consumo, além de cuidar das suas finanças pessoais você minimiza impactos na produção. Ao diminuir o uso de descartáveis, você gera menos lixo. E ao cuidar do próprio lixo, você amplia o tempo de vida útil dos aterros sanitários.


Consciência sustentável é a compreensão dos ciclos da economia e da natureza. E da valorização dos efeitos de solidariedade que possamos ter uns em relação aos outros.


Conceito de sustentabilidade


Sustentabilidade é a capacidade de um sistema se suportar, se manter, resistir a uma continuidade de trocas ao longo do tempo. Ela precisa ser observada em 3 dimensões:

  • ambiental

  • econômica

  • social.


Ou seja, precisamos equilibrar nossas ações para proteger o planeta, promover a prosperidade e garantir a dignidade e a igualdade entre as pessoas. A compreensão de que os recursos são finitos e as gerações humanas precisam sobreviver com excelência é o que define esse conceito.


A ideia de sustentabilidade, portanto, vai além da proteção da natureza. É o encontro das ações humanas entre si e com o ambiente que a envolve, de modo que não haja prejuízo para nenhuma dessas dimensões.


E que admita o fator tempo nesse processo. As gerações futuras, ainda não nascidas, também são motivo de atenção para a possibilidade de desfrutarem uma vida plena em equilíbrio.


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU


Em 2015, a ONU - Organização das Nações Unidas promoveu um encontro para formular programas, ações e diretrizes em prol do desenvolvimento sustentável. Assinado pelos 193 Estados-membros, a chamada Agenda 2030 é um documento ambicioso que busca equilibrar questões ambientais, econômicas e sociais.


Reunida em 17 objetivos e 169 metas, muitos são os desafios a serem superados. Porém, considerando os empecilhos que possam dificultar essas ações, a Agenda 2030 observa também questões sobre financiamento, transferência de tecnologia e capacitação técnica.


A fim de estimular ações para proporcionar um planeta melhor na próxima década para a humanidade, 5 áreas foram definidas como objeto de interesse:

  • acabar com a pobreza e a fome

  • proteger o planeta da degradação

  • assegurar uma vida mais próspera

  • promover sociedades pacíficas

  • propor um espírito de solidariedade global.



Educação ambiental somos nós, o outro e a natureza


Educação ambiental é uma prática educativa com o objetivo de formar conhecimentos, habilidades e competências para contribuir com a defesa do meio ambiente e a preservação da natureza.


Ela é um conjunto de processos que relaciona o ser humano, enquanto indivíduo, com sua comunidade, suas culturas e seus meios biofísicos. Seu objetivo maior é desenvolver nas pessoas atitudes éticas perante a si mesmas e ao seu meio.


Para entender melhor a sua importância, pode-se afirmar que ela cuida da gestão do uso dos recursos ambientais e da aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente.


Carta de Belgrado (1975)


O início do que se convencionou chamar de educação ambiental surge na Conferência de Belgrado, de 1975, um Encontro Internacional em Educação Ambiental. Ela foi uma resposta à Conferência sobre o Meio Ambiente Humano de Estocolmo, ocorrida em 1972.


Entre as resoluções de Estocolmo, recomendou-se a formulação do desenvolvimento da Educação Ambiental como um dos elementos fundamentais para agir contra a crise ambiental do mundo. No que foi atendida 3 anos depois.


Assim, o documento final, chamado de Carta de Belgrado, tem como meta ambiental melhorar as relações ecológicas, inclusive na relação da humanidade com a natureza.


E tem como meta da educação ambiental o desenvolvimento de uma população mundial com consciência do ambiente que a cerca. E que essa mesma população tenha conhecimentos, habilidades, atitudes, motivação e compromisso para trabalhar individual e coletivamente na busca de soluções para os problemas ambientais.


Educação formal, informal e não formal


Pode-se diferenciar a educação ambiental em 3 aspectos: formal, informal e não formal. Todas elas tratam da relação apropriada e positiva entre seres humanos, a sua coletividade e o ambiente ao redor.


A educação formal é realizada nas escolas, em espaços institucionais, com grupo de professores e grade curricular previamente definidas.


A informal é despertada entre as pessoas como um aprendizado de sua sociabilidade. Ela é fruto do sentimento de pertencimento com a família, amigos e vizinhança.


E a educação não formal é aquela que se aprende em espaços não institucionais. Principalmente com processos de compartilhamento de experiências, em movimentos sociais e ações coletivas cotidianas.



Imagem: Pixabay


Exemplos práticos de consciência sustentável


Lembra das minhocas caseiras? Pois bem, criar minhocas em casa é importante para transformar uma parcela considerável do lixo doméstico em húmus, ou adubo. Melhor do que aumentar o quantitativo que é destinado ao aterros sanitários, não é verdade?


Um minhocário doméstico, ou composteira doméstica, é o agrupamento de 3 caixas plásticas, uma em cima da outra. As duas de cima são chamadas de digestoras e a de baixo é a caixa coletora, que inclusive terá uma torneira.


As cerca de 200 minhocas da espécie californiana ficarão nas digestoras, com terra e o resto de alimentos vegetais que serão inseridos por dois meses, mais ou menos. A do meio, com o tempo, se tornará um adubo pronto.


O líquido que ficará depositado na coletora será o chorume, proveniente da digestão dos alimentos feito pelas minhocas. Esse chorume de qualidade, sem bactérias e, portanto, sem mal cheiro, será um adubo e pesticida.


E os puns das vacas? A explicação é simples. O alto consumo de carne bovina gera uma quantidade enorme de animais para o abate. O pum delas possui uma quantidade significativa de gás metano, um dos gases responsáveis pelo chamado efeito estufa.


Até aí nada demais, pois o efeito estufa é importante para manter o planeta aquecido e proporcionar a vida. Tanto a indústria quanto a agropecuária produzem mais desses gases, além do que a própria natureza produz.


O problema surge quando as temperaturas aumentam muito, devido ao aumento desses gases. Reconhece-se que a criação de gado bovino em estágio de confinamento provoca uma alteração digestiva, pelo consumo da soja, por exemplo, que o faz aumentar a proporção de gás metano nos seus puns.


Por isso, não consumir carne bovina, diminuir seu consumo, ou mesmo exigir certificação de criação - que não utiliza o confinamento e proporciona uma pastagem cultivada de forma orgânica - são atitudes cidadãs que colaboram na diminuição dos gases do efeito estufa. Uma atitude correta para não sofrermos com o incremento das mudanças climáticas.



Imagem: Pexels / Vladimir Konoplev


Cidadania e sustentabilidade no presente e no futuro


Estar consciente de si é um indicativo de estar vivo e gozar de suas faculdades mentais. Ter consciência da limitação dos recursos que nos garantem uma sobrevivência digna e a expectativa das próximas gerações é estar dotado de um alto grau de cidadania.


Ao observarmos atitudes que contribuem com um mundo melhor para se viver, valorizamos o equilíbrio entre crescimento econômico, igualdade social e conservação do meio ambiente.


Você pode se posicionar para essa realidade sustentável. Entre em contato com o Canal Novo mundo e torne-se uma voluntária, um voluntário, dessa nova consciência.

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