As mudanças climáticas decorrentes do Aquecimento Global ameaçam o Brasil do Oiapoque ao Chuí. Em diversos biomas brasileiros há o risco de extinção de espécies nativas e desequilíbrios ambientais com o aumento da temperatura terrestre. No Cerrado, a elevação em até 1,7⁰C na temperatura pode acarretar na extinção de quase metade das espécies, o que ocasiona uma perda enorme da biodiversidade local.
Ademais, a Amazônia já enfrentou efeitos extremos das mudanças climáticas com a seca de 2005 e ainda é um bioma que se encontra ameaçado devido ao aumento das temperaturas, diminuição das chuvas e consequente diminuição da água no solo, o que pode futuramente ocasionar a savanização deste local. O desmatamento desenfreado e as queimadas potencializam o aumento das temperaturas durante o verão nas regiões de florestas, pois há alteração no fluxo do calor latente. Além disso, as regiões florestais não fragmentadas também sofreram os impactos com o aumento de trepadeiras nas duas últimas décadas, o que afeta o desenvolvimento das plantas nativas.
Para além das consequências ambientais, o aquecimento global também impacta o desenvolvimento social e econômico, tendo em vista que ao mesmo tempo que algumas regiões do país sofrem com a seca e diminuição de chuvas, outras como a região sudeste do país apresentará um aumento significativo nas chuvas, o que pode provocar inundações e impactar de maneira negativa a agricultura local. Além disso, as mudanças climáticas e o aumento do nível do mar, resultante do derretimento das geleiras, podem impactar os manguezais, os quais são ecossistemas costeiros presentes em regiões de transição entre a terra firme e o mar, sendo importantíssimos no controle da erosão do solo e na estabilização da costa.
Registro da seca na Amazônia em 2005, Silves, AM.
© Ana Cintia GAZZELLI/WWF-Brasil
A World Wide Fund for Nature Inc. (WWF), organização mundial não-governamental fundada em 1961, está desenvolvendo projetos para delinear os possíveis cenários do Brasil frente às mudanças climáticas e maneiras de lidar com os desafios. Entre eles estão:
Apresentação do estudo Agenda Elétrica Sustentável 2020;
Ações na internet sobre termelétricas a gás de petróleo e usinas de carvão;
Promoção do Desenvovimento Sustentável;
Uso do conhecimento das populações tradicionais sobre a natureza;
Identificação de pessoas que estão sofrendo com as mudanças climáticas na região da Boca do Acre, Amazônia.
Redatora: Eduarda Fonseca
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