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Foto do escritorThaís Dionizio

Incêndio na Serra do Amolar atinge mais de 1500 hectares de Patrimônio Natural da Humanidade no Pantanal


Incêndio florestal se espalha por mais de cinco dias na Serra do Amolar, região do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, desde 27 de janeiro. A Serra do Amolar é uma cadeia de morros de 80 km de extensão que alcança quase mil metros de altitude. A região tem um tipo de solo chamado de "turfa", que é formado por material vegetal decomposto, tornando-o altamente inflamável. Assim, o fogo, mesmo após ser contido, permanece queimando no subterrâneo. Por isso, é comum que, depois de um tempo, o incêndio volte à superfície.


“A gente controla o incêndio, mas como ele fica em queima lenta no subsolo, quando aumenta a temperatura, que é a característica dos dias que a gente tem passado aqui no Mato Grosso do Sul, e diminui a umidade relativa do ar, esse incêndio retorna”, afirmou a Tenente Coronel Tatiane, diretora de proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, à CNN Brasil.


O Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso do Sul, uma das equipes que combateu os focos de incêndio, relatou à CNN Brasil que precisou de 5 horas para se deslocar à Serra do Amolar, subindo o Rio Paraguai. As características do solo e geográficas da serra também dificultam a caminhada, segundo eles.


Tamanha a proporção do incêndio, as tentativas de combate às chamas foram realizadas também pela Brigada Alto Pantanal, do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), pelas brigadas do SOS Pantanal e por seis brigadistas permanentes do Prevfogo/Ibama, com apoio aéreo da Marinha para levá-los aos pontos necessários.


Foto: Instituto Homem Pantaneiro/Projeto #Colabora.


Desde 2000, a Serra do Amolar é considerada Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco por conta das características únicas de biodiversidade que reúne. Localizada no município de Corumbá, está inserida no Pantanal, que abriga cerca de 4700 espécies, entre plantas, aves, mamíferos e outros animais, em especial, algumas ameaçadas de extinção, de acordo com o SOS Pantanal. A Serra do Amolar, apesar de estar na maior área úmida do planeta, é um território de barreira natural para o fluxo das águas, contando com espécies exclusivas do restante do bioma, segundo o Instituto Homem Pantaneiro.


Redatora: Mylena Larrubia.






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