Imagem do setor de tubarões do AquaRio
Consiste na prática ilegal e não sustentável de pesca de tubarões para a obtenção exclusiva de barbatanas, descartando a carcaça do animal de volta no mar. A barbatana do animal é muito visada no comércio asiático, destacando-se a cada ano no consumo da população.
A atividade pesqueira no Brasil desempenha um papel crucial no setor produtivo do agronegócio. Com o objetivo de minimizar os impactos ambientais, a portaria do Ibama nº 121/1998 proíbe a rejeição ao mar das carcaças de tubarões, da qual tenham sido removidas as barbatanas, permitindo apenas o transporte a bordo ou o desembarque de barbatanas em proporção equivalente ao peso das carcaças retidas ou desembarcadas.
Entretanto, persistem desafios no controle e fiscalização, fazendo com que a coleta de casos de práticas ilegais prevaleça e torne imprecisa, dada a difícil identificação dos animais que chegam mutilados à costa. A venda da carne como "Cação" é generalizada, principalmente pela falta de obrigatoriedade na identificação de espécie nos rótulos.
Aliado à causa de conservação das espécies em extinção, estudantes do Núcleo Integrado de Biotecnologia da Universidade de Mogi das Cruzes propuseram a ideia de identificar geneticamente as espécies, estimando o controle populacional e identificando os limites geográficos de migração, bem como verificando onde os tubarões foram capturados.
Esse estudo utiliza diversas técnicas de sequenciamento de DNA, incluindo o DNA mitocondrial. De acordo com o Prof. Dr. Alexandre, "Ao se sequenciar tais regiões, pode-se avaliar por meio de bancos de dados a que espécie a sequência pertence. Usa-se, para isso, uma sequência específica do gene Citocromo Oxidase I do DNA mitocondrial. As sequências parciais desse gene de milhares de espécies estão depositadas em um banco de dados chamado BarCoding of Life", resumindo um código de barras.
Destaca-se a enorme importância da conservação desses animais, especialmente por ocuparem o topo da cadeia alimentar e desempenharem papéis fundamentais no controle biológico dos ecossistemas marinhos. Lembrando: não fazemos parte da cadeia alimentar desses animais, portanto, é essencial preservá-los.
Redatora: Myrian Valentina
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