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Mudanças Climáticas: Causas, Impactos e Como Podemos Agir

Foto do escritor: Raquel OliveiraRaquel Oliveira

Mudanças climáticas são alterações a longo prazo nos padrões climáticos do planeta. Segundo a ONU, essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar, no entanto, desde 1800, as atividades humanas têm sido o principal impulsionador deste fenômeno.


Conforme uma série de relatórios da ONU, milhares de cientistas e analistas de governos concordaram que limitar o aumento da temperatura global a não mais que 1,5 °C nos ajudaria a evitar os piores impactos climáticos e a manter um clima habitável, contudo, com base nos atuais planos climáticos nacionais, o aquecimento global deverá atingir cerca de 3,2 °C até o final deste século.


mudanças climáticas
Fonte: Ecos, 2024

Reflexo este já evidente, considerando que o mês de janeiro de 2025 foi o mais quente já registrado na história, com temperaturas 1,75°C mais elevadas do que as do final do século XIX. As condições como a elevação do nível do mar e a intrusão da água salgada avançaram ao ponto de comunidades inteiras terem que se mudar, e secas prolongadas estão colocando as pessoas em risco de fome, dado esse, que impulsiona o aumento no número de “refugiados do clima” para o futuro.


Tendo dito isto, as mudanças climáticas não são apenas uma ameaça para o planeta, e sim, uma das fronteiras planetárias mais urgentes que estão sendo transgredidas e que precisamos deter.


Para isso, é preciso entender quem são os causadores deste cenário, destaco a seguir alguns agentes com potencial exorbitante de emissões poluentes, tais quais, a queima de combustíveis fósseis, um dos protagonistas, que através do uso do carvão, petróleo e gás natural queimados para gerar eletricidade, alimentar veículos e aquecer casas e empresas, libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, seguido pelo desmatamento, onde as florestas que absorvem CO2, estão sendo extinguidas, seja de forma “regular ou criminosa” essas supressões vegetais já atingem metade do planeta.


Ademais, as atividades de agricultura, provenientes da produção do gado e do arroz liberam metano (CH4), devastam áreas para criar terras agrícolas e inserem altos níveis de fertilizantes e outros compostos que consequentemente provocam variações na atividade solar e na temperatura global.


Do outro lado, há os impactos dos processos industriais, os quais emitem uma variedade de gases de efeito estufa, incluindo CO2, CH4, N2O e gases fluorados. Segundo o 4º Inventário de Emissões Atmosféricas em Usinas Termelétricas, publicado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) em 2023, indica que 67 termelétricas fósseis no Brasil, emitiram 17,9 milhões de toneladas de carbono equivalente (CO2e), esses dados são assustadores, já que o país não possui apenas este ramo industrial.


Esses contextos citados, são apenas algumas das inúmeras ramificações do mercado que influenciam direta e negativamente para o avanço das mudanças climáticas, e que acarretam impactos nocivos e devastadores para a permanência da humanidade neste planeta.


As consequências que esses eventos apresentam são catastróficos e emergem através da elevação do nível do mar, pelo derretimento das geleiras e calotas polares, combinado com a expansão térmica da água do mar, ameaçando cidades costeiras, comunidades insulares e infraestrutura costeira, prejudicando a vida marinha, em especial os recifes de coral, essas alterações de precipitações excedem em todo o mundo, aumentando a frequência das chuvas em algumas regiões e secas em outras, podendo ocasionar escassez de água, insegurança alimentar e conflitos por recursos hídricos.


E os danos não param por aí, pois estes eventos extremos estão ameaçando a biodiversidade, trazendo extinção de diversas espécies, degradação dos habitats, ampliando os casos de doenças relacionadas ao calor, doenças transmitidas por vetores e problemas respiratórios. Esse é o presente que nos rodeia, mesmo que visto como inacreditáveis por grande parte da população não deixar de existir, você pode não está se sentindo ameaçado hoje, mas está!


Não há como chegar em 2030 se não agir hoje, as metas e diretrizes governamentais não vão fazer diferença caso não haja ação e participação global. O futuro das mudanças climáticas é incerto, mas as evidências científicas são reais. Para combatê-las, exige mais que esforço, é necessário a garantia de que os países cumpram seus compromissos assumidos em acordos internacionais, como o Acordo de Paris, e mesmo que por complexo, a transparência e a responsabilização social deve ser aplicada, visto que, a nível público todos temos um papel a cumprir no combate às mudanças climáticas.


Redatora: Cristiane Silva


 
 
 

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