Mudança climática e impactos

A mudança climática já é uma realidade e seus impactos têm o potencial de gerar danos irreversíveis. Ela é consequência principalmente das emissões de gases de efeito estufa (como dióxido de carbono, óxido nitroso e metano) que vem gradativamente se agravando, gerando um forte desequilíbrio no sistema climático mundial. Foi analisado que as temperaturas globais subiram cerca de 1,1°C de 1901 a 2020. Porém, as mudanças climáticas influenciam não apenas no aumento da temperatura, mas também no aumento do nível do mar, mudanças nos padrões climáticos, como secas e inundações, e muito mais.

De acordo com os registros pela NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional):

• A elevação do nível do mar acelerou de 1,7 mm/ano durante a maior parte do século XX para 3,2 mm/ano desde 1993.

• As geleiras estão diminuindo: a espessura média de 30 geleiras bem estudadas diminuiu mais de 18 metros desde 1980.

• A área coberta por gelo marinho no Ártico no final do verão encolheu cerca de 40% desde 1979.

• A quantidade de dióxido de carbono na atmosfera aumentou 25% desde 1958 e cerca de 40% desde a Revolução Industrial.

• A neve está derretendo mais cedo em comparação com as médias de longo prazo.

Dito isso, observa-se que a alta na temperatura gera maior impacto nos lugares mais frios da Terra, os pólos Norte e Sul, acarretando no derretimento de geleiras mais rapidamente e no congelamento mais lento delas. Com isso, há uma diminuição no efeito albedo que geralmente é muito pronunciado nos polos, já que a superfície é totalmente branca, assim grande parte da radiação solar que cai na superfície dos pólos é refletida de volta e não é armazenada como calor. Com a diminuição das superfícies brancas, a região passa a absorver maior quantidade de radiação, portanto aquecendo mais ainda o sistema climático, produzindo então um comportamento cíclico e nocivo. Além do aquecimento, o derretimento das geleiras causam o aumento do nível do mar.

Ainda, as temperaturas altas também afetam a fauna e a flora, assim como a saúde pública. As inundações e as secas estão se tornando cada vez mais comuns, e com essas condições fica menos viável a produção de alimentos e também gera uma sobrecarga no sistema hídrico. Assim, influenciando a saúde humana pela exposição a condições de fome e sede.

Para concluir, os impactos citados não são democráticos e afetam a parte mais vulnerável da sociedade. A injustiça e o racismo ambiental são intensificados nesses desastres ambientais provenientes das mudanças climáticas, no qual aqueles que vivem em periferias, são dependentes de trabalhos precarizados e não tem condições financeiras, certamente são os que sofrem muito mais.