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Foto do escritorThaís Dionizio

Mulheres da América Latina na conservação de ecossistemas

Atualizado: 26 de jun. de 2024

Com as mudanças climáticas, mais de 236 milhões de mulheres sofrerão com a fome até 2050, segundo dados da ONU Mulheres. Além disso, de acordo com o relatório Women in Finance Climate Action Group, cerca de 80% das pessoas que precisam migrar por conta da crise climática são mulheres. Apesar disso, o Diretor Geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero, declarou: "58 milhões de mulheres rurais da América Latina e do Caribe são responsáveis pela segurança alimentar e a preservação da biodiversidade". Em notícia sobre justiça climática do site do G20 Brasil 2024 também é evidenciado que "no Brasil são os trabalhos das quilombolas, extrativistas, ribeirinhas, indígenas, periféricas, pescadoras, que apontam para soluções" para a crise climática.


Através de representantes de seis países da América Latina, México, Guatemala, Peru, Chile, Equador e Brasil, o The Natural Conservancy (TNC) mostrou como o empoderamento de trabalhadoras manuais e de campo para que participem da formação de políticas públicas que valorizem suas comunidades e a tradição de seus territórios, contribui também para a sustentabilidade. A analista de Povos Indígenas e Comunidades Locais, do TNC Brasil, Rafaela Carvalho afirmou: "Quando falamos de conservação, devemos incluir as Terras Indígenas porque elas são as principais protetoras da biodiversidade. As mulheres indígenas são figuras proeminentes nas atividades de conservação". Confira as histórias dessas lideranças retratadas pelo The Natural Conservancy: Mulheres e conservação de ecossistemas estratégicos na América Latina.


Foto: FAO / Monica Castaño / ONU Mulheres


As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC, da sigla em inglês) são compromissos nacionais de ação, estabelecidos no Acordo de Paris de 2015 para todas as Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (196 países e a União Europeia), que devem ser revisados a cada cinco anos. Nos compromissos iniciais, em 2015, somente 49 países demonstraram interesse em buscar a igualdade de gênero. Já na revisão de 2020, foram 97 que incluíram a questão em suas promessas. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) deu exemplos para representar as NDCs que consideram a igualdade de gênero em andamento, e ambos se encontram na América Latina: o Programa de Trabalho de Lima sobre Género e o Plano de Ação de Gênero do Peru. No entanto, o Diretor Geral do IICA aponta que, em 2021, apenas 30% das mulheres rurais possuíam terras agrícolas, as quais eram "de menor tamanho e de pior qualidade". Além disso, apenas 34% dos delegados das partes da COP28, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, eram mulheres, segundo o TNC. A Conferência, como esclarece o PNUD, teve como objetivo principal fazer um "primeiro balanço global" do cumprimento dos NDCs pelos países.


Redatora: Mylena Larrubia


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