A Terra Indígena Apyterewa, localizada no município paraense de São Félix do Xingu, que foi infelizmente destaque como a mais desmatada em 2022, surpreendeu o Brasil ao registrar uma queda impressionante de 94% no desmatamento durante o primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa notícia esperançosa foi revelada pelo Instituto Socioambiental (ISA), que obteve os dados de forma exclusiva, como divulgado pelo portal G1.
Mas a boa notícia não se restringe apenas à Terra Indígena Apyterewa; outras três terras indígenas na bacia do Xingu, todas localizadas no estado do Pará e anteriormente entre as mais afetadas pelo desmatamento, também apresentaram reduções significativas. Cachoeira Seca registrou uma diminuição de 98% no desmatamento, Trincheira Bacajá teve uma queda igualmente impressionante de 98%, e Ituna Itatá liderou com uma redução impressionante de 99%. Esses números inspiradores resultam de um rigoroso monitoramento conduzido pelo sistema de satélite SIRAD X.
Esse cenário de recuperação é uma luz no fim do túnel para a bacia do Xingu como um todo, que compreende principalmente o estado do Pará e uma parte em Mato Grosso. O desmatamento na região diminuiu em impressionantes 52% no primeiro semestre de 2023, em comparação com o ano anterior. Uma mudança tão significativa tem uma explicação crucial: a atuação mais efetiva dos órgãos de controle ambiental, especialmente sob a gestão do governo Lula, que demonstrou um compromisso inabalável com a preservação das nossas riquezas naturais.
Áreas de garimpo ilegal são desmobilizadas em São Félix do Xingu, no Pará. — Foto: Reprodução / PF-PA
Essa queda no desmatamento interrompe uma tendência preocupante que se estendia pelos últimos cinco anos, durante os quais a bacia do Xingu perdeu uma área de floresta equivalente a sete cidades do Rio de Janeiro. Agora, finalmente, estamos vendo uma reversão dessa tendência prejudicial.
Esses dados extremamente positivos vêm à tona em um momento oportuno, durante a realização da Cúpula da Amazônia, que ocorre em Belém e reúne os oito países amazônicos. Essa cúpula é um fórum crucial para discutir e traçar estratégias para a preservação da floresta amazônica, e os resultados animadores da redução do desmatamento na bacia do Xingu fornecem uma mensagem de esperança e um exemplo de como o esforço conjunto pode fazer a diferença na proteção de nosso patrimônio natural.
Portanto, embora ainda haja muito trabalho a ser feito, esses números encorajadores mostram que, com determinação e colaboração, podemos fazer progressos significativos na conservação da Amazônia e de suas terras indígenas vitais.
Redatora: Thaís Dionizio
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