Problemáticas ocorrentes na Amazônia e seus impactos.
Quando abordamos o tema equilíbrio ambiental, é relevante ressaltar a responsabilidade ambiental e social sobre o meio ambiente. O respeito deve prevalecer para com seus ciclos ecológicos e relações ecológicas, para usufruirmos dos bens, serviços ecossistêmicos e praticar a sustentabilidade, que visa preservar o meio para as próximas gerações. As alterações climáticas têm causado mudanças visivelmente drásticas, algumas regiões têm declarado estado emergente. As altas temperaturas, as queimadas, aumento da mortalidade florestal, baixa dos rios, impactos na fauna marinha e terrestre, são alguns dos grandes impactos negativos resultantes do aquecimento global.
Os biomas possuem grande relevância e influência no equilíbrio ecológico, a diversidade dos ecossistemas impacta diretamente nas alterações climáticas. No ciclo de fotossíntese, a árvore absorve o carbono no processo de fixação. Além do benefício de absorção, as árvores contribuem no ciclo da água, através da evapotranspiração, e para a formação de um solo saudável, na transmissão de nutrientes e abastecimento dos lençóis freáticos.
A Amazônia é um bioma rico em diversidade ecológica, possuindo um vasto ecossistema distribuído por nove países incluindo o Brasil, onde possui maior concentração do bioma, sendo dividida territorialmente como Amazônia Legal. Por muito tempo classificada como o pulmão do mundo, o bioma vem sofrendo diversos distúrbios, contribuindo juntamente com outros fatores e fenômenos naturais, como El Niño, para agravar os impactos causados pelas mudanças climáticas. Um diferencial natural do bioma é o clima equatorial, que resulta em um ambiente úmido e quente, dividido em dois períodos secos e chuvosos, os períodos secos ocorrem entre maio e setembro. Segundo pesquisas, foi identificado uma prolongação do período da seca, resultando nas baixas dos rios da bacia amazônica. O Boletim de Monitoramento Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB) apresenta registros alarmantes. Segundo o boletim, o ano de 2023 está ultrapassando as marcas de 2010, considerado como um período de grande seca na região. As seguintes marcas registradas atualmente são: Rio Negro 13,59 m, Rio Solimões 3,25m e Rio Madeira 1,10m. O Rio Amazonas também apresentou quedas.
São diversos os impactos negativos oriundos das alterações climáticas. As embarcações que trazem mercadorias para a população estão enfrentando dificuldades. Segundo a Folha de São Paulo, famílias estão migrando por conta da estiagem. Além dos impactos sociais, a diversidade ecológica também tem sofrido, em nota do G1 foram registradas 98 mortes de botos no médio do Rio Solimões. Pesquisadores e cientistas têm apresentado preocupações relacionadas à savanização da Amazônia, por conta dos crimes ambientais e fatores contribuintes para tal cenário. Em alguns pontos da floresta já é identificado regiões que produzem mais CO2 do que é capaz de absorver.
Mortes dos botos. Fonte: Miguel Monteiro – Instituto Mamirauá
Para que haja um equilíbrio ambiental, é necessário que haja respeito pelas relações ecológicas, uma das causas do atual cenário é a quebra desse padrão. As queimadas retiram as árvores, adoecem o solo, provocam mais emissões de CO2, aumento das temperaturas e seca dos rios, agravados pelos fenômenos cíclicos, como o aumento das temperatura do Atlântico Norte e o fenômeno El Niño, influenciam na baixa do nível pluvial e consequentemente, nas seca dos rios. Importante ressaltar que de maneira natural o bioma já é dividido por períodos, entretanto, as alterações ambientais provocaram um prolongamento desse período, resultando nas problemáticas. A neutralização do carbono é uma das metas estabelecidas na Agenda 2030 e que está diretamente ligado com a preservação das florestas, no entanto o cenário atual tem apresentado controvérsias. Uma das alternativas para alcançar a neutralização ou carbono zero, é através do reflorestamento e da creditação de carbono.
Redatora: Adassa Lima
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